Violador de Guimarães em prisão preventiva
Suspeito de 33 anos, detido pela Polícia Judiciária na segunda-feira, foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Guimarães, que decretou a medida de coação mais gravosa.
O homem suspeito de ser o autor de várias violações cometidas nos últimos meses na zona do centro de Guimarães, ficou hoje em prisão preventiva, disse à agência Lusa fonte judicial.
O suspeito, de 33 anos e detido na segunda-feira pela Polícia Judiciária (PJ), foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Guimarães, que decretou a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.
Em conferência de imprensa, realizada na manhã de hoje, o coordenador da PJ de Braga deu conta de que, na segunda-feira, “na sequência de imensas diligências feitas no âmbito de vários inquéritos”, a PJ procedeu à detenção de um homem, de 33 anos, “suspeito e indiciado pela prática de vários crimes de natureza sexual e contra o património”, acrescentando que os alvos do detido eram sempre mulheres, adolescentes e jovens adultas.
“Trata-se de criminalidade violenta, com bastante gravidade, que gerou algum alarme e a que finalmente conseguimos pôr cobro. Os crimes de natureza sexual em causa são atos sexuais de especial relevo, uns consumados, outros na forma tentada, e temos também crimes contra o património com a apropriação e a subtração de importâncias, de objetos e de outros equipamentos [às vítimas]”, frisou António Gomes.
Questionado sobre o número de vítimas que o arguido, residente em Guimarães, atacou, o diretor da PJ de Braga assume que, nesta fase da investigação, não é possível quantificar.
“É impossível neste momento referir um número exato, porque depende ainda de recolhas de outros elementos de prova que permitam, ou não, confirmar que se trata do mesmo autor. Temos vários crimes de natureza sexual que envolvem atos de especial relevo. Só uma investigação muito mais aprofundada poderá responder cabalmente a essa pergunta. Para já, temos vários crimes de natureza sexual, uns consumados, outros tentados, e crimes contra o património”, reiterou António Gomes.
O diretor da PJ de Braga ressalvou, contudo, que, com base na análise do ‘modus operandi’, que tem características em comum, “esta indicia que poderá tratar-se do mesmo autor”, acrescentando que “já houve recolha de prova” em vários casos “que permitem indiciar fortemente este suspeito” da prática e da ligação a estes crimes.
O suspeito, “fortemente indiciado por vários crimes de natureza sexual”, está inserido socialmente, exerce a profissão de servente, e tem antecedentes criminais por crimes violentos.
Quanto ao modo de atuação do detido, a violência era uma das marcas.
“Em determinada zona, após reconhecimento da zona, dos casais, das vítimas, [os ofendidos] eram abordados com bastante violência. Nuns casos usando armas brancas, noutros casos através da força física, nalguns casos subtraía dinheiro e equipamentos e, seguidamente, praticava atos sexuais de especial relevo”, referiu António Gomes.
Segundo este responsável da PJ, em causa estão factos que ocorreram sobretudo nos últimos meses, desde dezembro de 2022, até há dois dias, quando foi detido, e depois de abordar e atacar, em 22 de agosto, um casal de namorados, sendo suspeito de violar a jovem, de 21 anos.