Remessas de emigrantes aumentam 4,3% para quase 2 mil milhões de euros no primeiro semestre

As verbas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal passaram de 47,2 milhões de euros para 48,1 milhões, o que representa uma subida de 2%.

As remessas enviadas pelos emigrantes portugueses no estrangeiro em junho aumentaram 6,7%, para 348,37 milhões de euros, fazendo com que a variação semestral tenha subido 4,38%, para 1.969 milhões de euros.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, consultados esta terça-feira pela Lusa, as remessas dos emigrantes passaram de 326,49 milhões de euros, em junho de 2022, para 348,3 milhões de euros, em junho deste ano, ajudando a que, no total semestral, o envio destas verbas tenha passado de 1.886,5 milhões de euros, nos primeiros seis meses de 2022, para 1.969 milhões de euros, de janeiro a junho deste ano.

Em sentido inverso, as verbas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal passaram de 47,2 milhões de euros, em junho do ano passado, para 48,1 milhões, o que representa uma subida de 2%, ajudando a consolidar o aumento de 11,3% no primeiro semestre deste ano face aos primeiros seis meses do ano passado.

Olhando apenas para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), a tendência é a mesma apesar da forte quebra nas remessas de junho, que desceram de 38,8 milhões de euros para 29,4 milhões, representando uma queda de 24,1%, o que não foi suficiente para evitar a subida de 12,1% no semestre, já que os valores enviados pelos portugueses a trabalhar nos PALOP passaram de 137,9 milhões, de janeiro a junho de 2022, para 154,6 milhões nos primeiros seis meses deste ano.

Como é hábito nos dados do Banco de Portugal, grande parte deste valor diz respeito a Angola, responsável pela quase totalidade das remessas registadas como enviadas dos PALOP.

No primeiro semestre deste ano, os emigrantes portugueses no segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana enviaram 150,3 milhões de euros, mais 12,3% do que no mesmo período do ano passado, quando enviaram 133,7 milhões de euros.

As remessas enviadas pelos portugueses em Angola em junho, no entanto, mostram uma quebra de 24,5%, já que desceram de 38 milhões, em junho do ano passado, para 28,7 milhões no último mês do primeiro semestre deste ano.