Kiev destruiu sistema de mísseis russo na Crimeia
A Ucrânia tem intensificado os ataques com drones contra infraestruturas militares na Crimeia, dado o número limitado de sistemas deste género no arsenal do inimigo, o que significa um golpe doloroso para o sistema de defesa aérea russa, que terá um sério impacto em eventos futuros na Crimeia ocupada.
O serviço de informações militares da Ucrânia (GUR) anunciou hoje a destruição de um sistema russo de mísseis de médio e longo alcance S-400 na península da Crimeia, na sequência de “uma explosão”.
A explosão ocorreu “perto da aldeia de Olenivka, no cabo Tarkhankut, na Crimeia temporariamente ocupada”, disse o GUR num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
“Como resultado da explosão, a própria instalação, os mísseis nela instalados e o pessoal foram completamente destruídos”, afirmou.
Os serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia não especificaram a origem da explosão. O anúncio foi acompanhado de um vídeo que divulgaram nas redes sociais, em que se vê uma explosão.
“Dado o número limitado de tais complexos no arsenal do inimigo, este é um golpe doloroso para o sistema de defesa aérea dos ocupantes, que terá um sério impacto em eventos futuros na Crimeia ocupada”, acrescentou o GUR.
Esta última declaração aponta para uma intensificação dos ataques com drones contra infraestruturas militares na Crimeia, segundo a EFE.
Nas últimas semanas, a Ucrânia intensificou os ataques a portos, aeródromos e outras instalações militares estratégicas dentro da Rússia ou em territórios ocupados, como a Crimeia.
O exército e os serviços secretos ucranianos desenvolveram drones de ataque aéreo e marítimo de longo alcance, com os quais atingiram alvos que as forças de Kiev não conseguiram alcançar nas fases anteriores da guerra.
As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas, de imediato, de forma independente.
A Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014. Após a invasão de 24 de fevereiro de 2022, Moscovo também declarou como anexadas as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania da Rússia nas cinco regiões anexadas. Kiev exige a retirada das forças russas de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e a reposição das fronteiras definidas em 1991, quando se tornou independente, após o colapso da União Soviética, de que fez parte.