Irão garante que condenou à morte e executou espiões de França, Inglaterra e Suécia
Ministro que tutela as secretas naquele país asiático, Seyed Esmail Khatib, falou em captura de espiões dos três países mencionados e ainda “de muitos outros”.
O ministro que tutela as secretas no Irão, Seyed Esmail Khatib, disse domingo que o seu país mantém espiões de França, Inglaterra e Suécia, e que alguns deles foram condenados à morte e até executados.
“O poder das agências de informações do país é tal que capturámos espiões de França, Suécia, Inglaterra e de muitos outros países”, disse o governante iraniano, citado pela agência Tasnim.
O ministro acrescentou, numa reunião anual com o comandante da Guarda Revolucionária iraniana, que “alguns deles foram condenados à morte e executados, apesar da pressão”, não tendo fornecido a identificação dos condenados.
O Irão mantém em prisão vários cidadãos com dupla nacionalidade iraniana, ou de países europeus e norte-americanos, sob a acusação de espionagem.
Teerão enforcou, em meados de janeiro, o ex-vice-ministro da Defesa, Alireza Akbari, cidadão anglo-iraniano, condenado por espiar para os serviços de informações britânicos, num caso que provocou forte condenação internacional.
A República Islâmica do Irão tem sido acusada de utilizar, sobretudo, prisioneiros com dupla nacionalidade, mas também de outros países, como medida de pressão ou para trocas de presos com outros países.
O Irão e os Estados Unidos acordaram este mês trocar cinco presos e descongelar vários milhões de dólares iranianos bloqueados por Washington na Coreia do Sul.
Os cinco americanos, alguns deles detidos sob acusações de espionagem, foram colocados em prisão domiciliária ontem à noite e poderão deixar o país assim que os fundos forem disponibilizados ao Irão e um número idêntico de prisioneiros iranianos nos Estados Unidos for libertado.