Hugo Soares: “O governo está sem rei nem roque”
Secretário-geral do PSD abriu Universidade de Verão do partido a lançar farpas a Costa por não ter respondido aos desafios de Montenegro sobre impostos e habitação.
O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, considerou esta segunda-feira que o governo está “sem rei nem roque” e criticou António Costa sobre as políticas que está a desenvolver na habitação, nos impostos e na educação.
“Onde é que está o doutor António Costa, onde é que anda o doutor António Costa, onde é que está o primeiro-ministro de Portugal perante uma questão concreta da vida das pessoas, estudada, refletida, possível uma redução de impostos?”, disse.
Hugo Soares, que falava na sessão de abertura da Universidade de Verão do PSD, que decorre até domingo em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, assinalou a disponibilidade do partido para encontrar uma solução para o sector da habitação, afirmando que foi rejeitada pelo governo, o que lamentou.
“É caso para dizer que o governo está mesmo sem rei nem roque, é caso para dizer que a perda de autoridade do primeiro-ministro já não é só naquilo que os seus ministros fazem ou não fazem em determinados ministérios, é também na falta de autoridade de condução das políticas públicas”, disse.
Hugo Soares referiu-se às dificuldades dos jovens que estão a “entrar na universidade sem terem condições de pagar um quarto ou ter uma habitação” e dos portugueses que estão “a pagar impostos no máximo”, e criticou os “serviços públicos à míngua e os serviços do Serviço Nacional de Saúde fechados no verão”, acusando o primeiro-ministro de fazer como “na canção e assobiar para o lado”.
Para Hugo Soares, Portugal necessita de um primeiro-ministro que “não pense nas pessoas nos cartazes”, como o PS tem espalhados pelo país, mas de um primeiro-ministro que “pense nas pessoas no dia-a-dia”.
A Universidade de Verão do PSD arrancou neste dia, numa edição em que se assinalam 20 anos desta iniciativa de formação política e que terá entre os oradores o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o antigo primeiro-ministro Durão Barroso e o ex-líder do CDS-PP Paulo Portas.