Os Estados Unidos vão impor novas sanções a mais de 150 pessoas e entidades acusadas de apoiarem a Rússia no âmbito da invasão da Ucrânia, anunciou hoje o Departamento de Estado norte-americano.
“Como parte da ação de hoje, o governo dos Estados Unidos tem como alvo indivíduos e entidades envolvidos na evasão de sanções, sendo cúmplices na promoção da capacidade da Rússia de travar a sua guerra contra a Ucrânia, bem como aqueles responsáveis por reforçar a futura produção de energia da Rússia”, explicou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, num comunicado.
No âmbito desta nova iniciativa, que se segue a várias outras ações ao longo do último ano e meio, o Departamento de Estado impõe medidas sancionatórias a mais de 70 entidades e indivíduos envolvidos na capacidade de produção e exportação de energia da Rússia, nos setores metalúrgico e mineiro.
As outras 80 pessoas e organizações são sancionadas pela sua atividade de fuga às medidas punitivas impostas pelos Estados Unidos com vista a enfraquecer a máquina de guerra da Rússia, perante a invasão da Ucrânia.
Blinken explicou que o Governo norte-americano inclui como alvo um oficial dos serviços de informações russos e um oligarca russo-georgiano, que “têm aproveitado para influenciar a sociedade e a política da Geórgia em benefício da Rússia”.
Neste novo pacote de sanções cabem ainda entidades que reparam e produzem sistemas de armamento para a Rússia, incluindo o míssil cruzeiro Kalibr, que tem sido utilizado pelas forças russas contra cidades e infraestruturas civis na Ucrânia.
“Ao mesmo tempo, o Departamento do Tesouro está a impor quase uma centena de sanções às elites da Rússia e à sua base industrial, às instituições financeiras e aos fornecedores de tecnologia, incluindo um funcionário do Grupo Wagner, por promover as atividades malignas da Rússia na República Centro-Africana”, acrescenta o comunicado da diplomacia norte-americana.
Esta ação surge semanas depois de o Grupo Wagner ter ajudado a garantir a aprovação de um referendo constitucional, a 30 de julho, “que minou a democracia” da República Centro-Africana, de acordo com o Departamento de Estado norte-americano.