Comissão Europeia nega prazo de 2030 para alargamento da União Europeia
O alargamento do bloco comunitário – atualmente com 27 membros – estará no centro das discussões dos dirigentes da União Europeia, nomeadamente na cimeira informal de 6 de outubro, em Toledo, organizada pela presidência semestral espanhola da União Europeia.
A Comissão Europeia negou hoje ter sido fixado um prazo para o alargamento da União Europeia (UE), depois do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ter dito que a União Europeia deve preparar-se para integrar novos membros “até 2030”.
“Não nos centramos numa data”, disse hoje a porta-voz do executivo comunitário Dana Spinant, em conferência de imprensa.
Spinant negou qualquer coordenação entre a Comissão e Michel sobre a questão e lembrou que o alargamento da União Europeia é e deverá continuar a ser decidido com base no mérito dos países candidatos, que aderem quando estão preparados.
Michel anunciou, na segunda-feira, que a União Europeia deve estar pronta para integrar novos membros “até 2030”.
“Agora que preparamos a próxima agenda estratégica da União Europeia, temos de estabelecer um objetivo claro. Penso que temos de estar prontos, de ambos os lados, para o alargamento até 2030”, afirmou Michel, durante uma intervenção no Fórum Estratégico de Bled, Eslovénia, que hoje termina, sob o tema “Solidariedade para a Segurança Global”.
O alargamento do bloco comunitário – atualmente com 27 membros – estará no centro das discussões dos dirigentes da União Europeia, nomeadamente na cimeira informal de 6 de outubro, em Toledo, organizada pela presidência semestral espanhola da União Europeia.
A Comissão Europeia deverá apresentar no outono as suas recomendações sobre o início das negociações com a Ucrânia e a Moldova. O estatuto de candidato foi concedido aos dois países em junho de 2022, alguns meses após o início da invasão russa da Ucrânia.
A União Europeia atribuiu já o estatuto de países candidatos a sete países: Albânia, Moldova, Macedónia do Norte, Montenegro, Sérvia, Turquia e Ucrânia. Bósnia-Herzegovina, Geórgia e Kosovo são potenciais candidatos, segundo Bruxelas.