Bloco defende teto máximo nas rendas e mais habitação acessível na Madeira

Uma comitiva do Bloco de Esquerda, que contou com a presença de Catarina Martins e do cabeça de lista do partido às eleições regionais, Roberto Almada, colocou hoje um cartaz num bairro social do Funchal que diz “Casas para morar, não para especular”.

Catarina Martins defendeu hoje a necessidade de estabelecer tetos máximos nos valores das rendas das habitações e mais construção a preços acessíveis na Madeira, criticando que o mercado imobiliário seja vocacionado para o luxo.

“Os terrenos em que ainda é possível construir têm de ser para habitação a preços a que as pessoas possam pagar e, portanto, é preciso regras nos licenciamentos e é preciso tetos nas rendas das casas”, defendeu Catarina Martins.

A dirigente bloquista falava aos jornalistas no âmbito de uma iniciativa de campanha para as eleições regionais da Madeira, que decorrem a 24 de setembro.

Uma comitiva do Bloco de Esquerda, que contou com a presença de Catarina Martins e do cabeça de lista do partido às eleições regionais, Roberto Almada, colocou hoje um cartaz num bairro social do Funchal que diz “Casas para morar, não para especular”.

Apontando que a “Madeira é uma das regiões do país em que a habitação mais sobe”, a ex-coordenadora do Bloco frisou a necessidade de adotar “medidas claras”, acusando o Governo da Madeira (liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque) de promover um mercado imobiliário “vocacionado para o luxo”.

Catarina Martins considerou que o “regime do compadrio e de amiguismo” perdura há quase 50 anos na região.

“E eu bem sei que nestas eleições há partidos que vêm dizer que querem combater a corrupção, mas que depois estão mortinhos para ter um lugar no Governo Miguel Albuquerque”, acusou, escusando-se a identificar a que partido se referia.

O Tribunal da Comarca da Madeira admitiu 13 candidaturas às eleições legislativas da Madeira de 24 de setembro, que correspondem a duas coligações e outros 11 partidos.

O sorteio da ordem das 13 forças políticas no boletim de voto colocou o Partido Trabalhista Português (PTP) em primeiro lugar, seguido de Juntos Pelo Povo (JPP), Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Chega (CH), Reagir Incluir Integrar (RIR), Partido da Terra (MPT), Alternativa Democrática Nacional (ADN), Somos Madeira (coligação PSD/CDS-PP), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Livre (L), CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) e Iniciativa Liberal (IL).

As anteriores eleições regionais realizaram-se em 22 de setembro de 2019.

Nesse ato eleitoral, num círculo eleitoral único, concorreram 16 partidos e uma coligação que disputaram os 47 lugares no parlamento madeirense: PSD, PS, CDS-PP, JPP, BE, Chega, IL, PAN, PDR, PTP, PNR, Aliança, Partido da Terra – MPT, PCTP/MRPP, PURP, RIR e CDU (PCP/PEV).

O PSD perdeu então, pela primeira vez, a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que detinha desde 1976, elegendo 21 deputados e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).

O PS elegeu 19 deputados, o JPP três e o PCP um.