Os britânicos podem ter muitos defeitos, mas têm como uma das suas principais qualidades a de levarem o serviço público muito a sério. Escrevo esta crónica e a sra. Truss já não é primeira-ministra. Esta senhora era o que os ingleses chamam um sitting duck, um alvo fácil que estava à espera de levar um tiro. Eu prefiro usar a figura de estilo brasileira que, em meu entender, descreve melhor a situação: “Morreu e esqueceu de deitar.”
É claro para muita gente que André Ventura é um personagem que o próprio criou e que tão bem representa. Como suposto líder de um partido extremista, Ventura faz bem o papel de indignado com os ciganos, furioso com os políticos e nacionalista como ninguém, desde Salazar.
Anuncia-se no horizonte uma nova crise económica internacional. Parece que desta vez se deve a: a) Inflação b) Covid c) Guerra d) Passos e) Outra desculpa qualquer.
No Sermão da Montanha há uma bem-aventurança que sempre me cativou: quando Jesus fala aos seus seguidores e refere “abençoados os pobres de espírito pois será deles o Reino dos Céus”. O Sermão da Montanha é proferido depois de Jesus visitar os fariseus para lhes transmitir a Boa-Nova. No entanto, os fariseus eram “ricos de espírito”, pois sabiam tudo e tinham muitas regras na sua religião, e, como tal, recusaram ouvir Jesus. Quando Jesus retorna à montanha e encontra os seus seguidores, refere-se a eles como “pobres de espírito” pois, ao contrário dos fariseus, estavam disponíveis para ouvir a Boa-Nova e, por isso, seria deles o Reino dos Céus.
Nos anos 90 houve uma primeira vaga de publicitários brasileiros que vieram para as agências portuguesas. Nessa altura, a nossa publicidade era chata, quadradona e formal. Os criativos brasileiros vieram ultrapassar essas normas e tornar a publicidade mais criativa e popular. São desse tempo alguns dos melhores publicitários brasileiros, como Edson Athayde, Nelson Sinem, Luis Christello e muitos outros.