As Unidades de Saúde Familiar (USF) caracterizam-se por prestarem cuidados de saúde individuais e familiares, assentes em equipas multidisciplinares que procuram potenciar as suas capacidades e competências. Pretende-se que a maior autonomia e responsabilização pelos resultados alcançados criem as condições para que as equipas sejam mais estáveis e coesas. Assim, seria possível melhorar a acessibilidade e a qualidade dos cuidados prestados.
Vale a pena revisitar o que foi efetuado na América do Sul. É útil perceber que muitas destas ideias preconcebidas, na realidade, não ajudam a tomar as melhores decisões, apenas aumentam a falta de tecido produtivo, contribuindo para a emigração dos jovens e para a nossa dependência do exterior em setores estratégicos.
O filme começa com o narrador, com voz determinada, a afirmar o seguinte sobre a plantação de tabaco: “A crop that pays in cash and sad eyes and scabber skins and half-empty bellies and weak muscles. You can’t eat tobacco.”
É interessante verificar que uma habitação digna, ou um emprego estável com salário adequado, é tão importante para o nosso estado de saúde como o acesso a cuidados de saúde. Não é de estranhar que alterações ao rendimento disponível das famílias – como as ocorridas durante o período de austeridade ou, atualmente, pela subida das taxas de juro – tenham consequências diretas no seu estado de saúde.
A região da África Oriental é um bom exemplo do impacto que as alterações climáticas têm na saúde. A malária e a cólera já eram um problema na região. Em Março deste ano, o ciclone Freddy, caracterizado pela extraordinária duração e intensidade com que assolou a região, produziu impacto negativo sobre a evolução destas doenças. A destruição dos sistemas de saneamento e abastecimento de água potável, bem como o condicionamento das cadeias de abastecimento alimentar, tornaram Moçambique e o Maláui bastante mais vulneráveis àquelas doenças. São dois dos vários exemplos que demonstram os graves impactos das alterações climáticas na saúde das populações.