OMS apela para reforço da vigilância e vacinação contra a Covid-19
Apesar de os dados sobre a covid serem limitados, porque muitos países deixaram de comunicá-los, a OMS constata “tendências inquietantes”, com a aproximação do inverno no hemisfério norte.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou hoje inquietação com as “tendências preocupantes” relativamente à covid-19, com a aproximação do inverno no hemisfério norte, apelando para a vacinação e a vigilância sobre o vírus.
Apesar de os dados sobre a covid serem limitados, porque muitos países deixaram de comunicá-los, a OMS constata “tendências inquietantes”, com a aproximação do inverno no hemisfério norte, declarou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa online.
“As mortes aumentaram em algumas regiões do Médio Oriente e da Ásia, as admissões nas unidades de cuidados intensivos aumentaram na Europa e as hospitalizações aumentaram em muitas regiões”, declarou.
“Estimamos que haja atualmente centenas de milhares de pessoas hospitalizadas por covid”, acrescentou Maria Van Kerkhove, responsável técnica da agência de saúde das Nações Unidas para a covid-19. “É inquietante, porque vamos passar por meses mais frios em alguns países: as pessoas têm tendência a passar mais tempo no interior e os vírus que se transmitem pela via aérea como o da covid beneficiam com isso”, acrescentou.
Dado que a gripe e o VRS, o vírus da bronquiolite, também circulam, Kerkhove insistiu na importância dos testes e da vacinação.
Apesar de não existir atualmente uma variante dominante no mundo, a sub-variante da Omicron EG.5 está em ascensão, precisou o diretor-geral da OMS.
Alguns casos da sub-variante BA.2.86 – que transporta um grande número de mutações – foram detetados em 11 países, referiu o médico, acrescentando que a OMS a “vigia de perto para avaliar a transmissibilidade e o potencial impacto”.
Segundo Maria Van Kerkhove, os dados preliminares sugerem que as vacinas existentes oferecem proteção contra a BA.2.86.
A principal preocupação da OMS diz respeito ao número insuficiente de pessoas em risco. Tedros Adhanom Ghebreyesus apelou aos mais vulneráveis para não hesitarem em receber uma dose de reforço.
Portugal não é imune a este aumento de casos. Recorde aqui quais os principais cuidados a ter para prevenir a infeção, numas perguntas e respostas preparadas pelo NOVO e respondidas por Mário André Macedo, enfermeiro em Urgência Pediátrica, coordenador da Unidade Saúde Pública Hospitalar do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e colunista do NOVO.