Câmara de Coimbra diz que é preciso voltar a desassorear rio Mondego
A necessidade mais urgente será iniciar o desassoreamento do rio Mondego entre “a Portela e Ponte Rainha Santa Isabel”, referiu Carlos Lopes, que acrescentou ter já comunicado estas necessidades ao ministro do Ambiente, numa reunião na sexta-feira.
O vereador com a pasta do Ambiente da Câmara de Coimbra, Carlos Lopes, afirmou hoje que será necessário voltar a desassorear o rio Mondego, cinco anos após ter terminado uma operação que custou cerca de 4 milhões de euros.
A zona entre a Ponte Rainha Santa Isabel e o açude-ponte, que recebeu uma operação de desassoreamento que terminou em 2018, “apresenta já uma forte reposição de inertes”, disse o vereador, durante a reunião do executivo, admitindo a necessidade de uma intervenção semelhante a curto prazo.
No entanto, a necessidade mais urgente será iniciar o desassoreamento do rio Mondego entre “a Portela e Ponte Rainha Santa Isabel”, referiu o vereador eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra, liderada pelo PSD. Segundo Carlos Lopes, estas necessidades foram comunicadas pelo município ao ministro do Ambiente, numa reunião na sexta-feira.
Durante a reunião do executivo, após alerta lançado pelo vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, sobre a empreitada da Agência Portuguesa do Ambiente no rio Mondego, entre a Ponte da Portela e o açude de Palheiros, Carlos Lopes admitiu que também o município levanta várias preocupações quanto à intervenção, que prevê a proteção das margens e redução do risco de inundação.
A intervenção estava prevista num protocolo assinado no anterior mandato e terá de ser executada até dezembro de 2023, explicou, sublinhando que “a pressa não é boa conselheira”.
A Câmara de Coimbra não teve conhecimento de qualquer contacto ou informação às populações sobre a empreitada, que foi alvo de críticas por parte de ambientalistas, e só teve conhecimento do edital “dois dias antes de a intervenção começar”, constatou.
“Não é uma requalificação, mas uma verdadeira regularização do rio, e teria sido importante a avaliação de impacte ambiental, que até à data se desconhece”, frisou.
De acordo com Carlos Lopes, os serviços municipais estão a acompanhar a intervenção, para assegurar a manutenção de vegetação autóctone durante a empreitada.