Pedro Sánchez vai declarar Tenerife como zona de catástrofe devido a incêndios
Primeiro-ministro espanhol em exercício visitou Tenerife e transmitiu a decisão do Conselho de Ministros às autoridades locais, nomeadamente o presidente do governo das ilhas Canárias, Fernando Clavijo, e a responsável pela administração da ilha de Tenerife, Rosa Dávila.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol em exercício, revelou hoje que o Conselho de Ministros aprovará uma declaração de zona de catástrofe para Tenerife quando estiver controlado o incêndio nesta ilha do arquipélago das Canárias.
O primeiro-ministro socialista encontra-se hoje em Tenerife – onde, até ao momento, os incêndios destruíram mais de 13.383 hectares – e transmitiu esta decisão às autoridades locais, nomeadamente ao presidente do governo das ilhas Canárias, Fernando Clavijo, e à responsável pela administração da ilha de Tenerife, Rosa Dávila.
Quiero agradecer la labor de todos los profesionales que trabajan en la extinción del #IFArafoCandelaria.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) August 21, 2023
Estamos aportando todos los recursos necesarios y la coordinación entre las administraciones está siendo excelente.
En el momento en que el incendio se dé por controlado,… pic.twitter.com/Je5zdoQOlu
Sánchez garantiu que o governo “vai envolver-se” nos trabalhos de reconstrução das áreas atingidas e na ajuda às pessoas afetadas pelo incêndio, como já está a fazer neste momento de maneira “total, contundente, absoluta” durante os trabalhos de extinção dos incêndios.
“Está a acontecer neste momento e acontecerá quando acabar, na recuperação e reconstrução de tudo o que o incêndio devastou”, sublinhou.
O primeiro-ministro referiu que “toda a Espanha está com as ilhas Canárias e com Tenerife” e também expressou palavras de solidariedade para com as pessoas que tiveram de abandonar as suas casas.
O chefe do governo espanhol exaltou o comportamento exemplar e o compromisso cívico dos cidadãos, que considerou especialmente relevante perante incêndios que mostram um “poder catastrófico”.
O reconhecimento deste comportamento exemplar, segundo Sánchez, está a ser alargado à “cooperação e coordenação” entre as administrações, bem como ao grupo de “servidores públicos” envolvidos nos trabalhos de extinção, tendo em conta os incêndios “devastadores” noutras zonas do mundo que estão a provocar mortes e perdas de património natural.
“Felizmente, [mortes em Tenerife] não aconteceram e esperamos que não aconteçam”, referiu o governante espanhol, dizendo ainda estar confiante em que o fogo poderá ser controlado e extinto em breve, mas antecipando que “as próximas horas vão ser muito importantes”.
Pedro Sánchez sublinhou o caráter público do sistema de proteção civil em Espanha, que “deve ser reconhecido e apoiado”, e o trabalho desenvolvido pelos meios de comunicação, atendendo à necessidade de os cidadãos terem “informação fiável e verdadeira sobre o que está a acontecer, sobre a evolução do incêndio”, para “evitar boatos, desinformação, que causem angústia”.
Rosa Dávila agradeceu a “máxima colaboração” e todos os meios deslocados pelo governo das Canárias e pelo governo central espanhol para combater as chamas.
A governante admitiu que, sem a presença de “meios pesados” como os hidroaviões e o helicóptero Kamov, “teria sido impossível chegar a zonas tão íngremes”, inacessíveis às brigadas de combate aos fogos.
O presidente das Canárias, Fernando Clavijo, agradeceu “a atenção, apoio e coordenação” com o executivo central.
“É em momentos de dificuldade que as instituições e os cidadãos dão o melhor de si”, declarou Clavijo, que também valorizou o comportamento “exemplar” dos habitantes de Tenerife e de todas as Canárias que, juntamente com a coordenação entre administrações e o trabalho dos meios de extinção, permitiu dar “uma resposta contundente e eficaz a esta catástrofe”.